Alarme de Incêndio: Guia Completo

Sumário

Em um mundo em constante movimento, é fundamental lembrarmos da importância de preservar vidas. Neste momento, mais do que nunca, precisamos estar atentos às normas e adotar atitudes que garantam a segurança e proteção de todos.

É importante ter em mente o grande prejuízo e riscos de vida e ao patrimônio que podem ser causados, por conta de inadequações como falta de equipamento de segurança, ações de prevenção e alarme de incêndio, mal planejamento de rotas dentro do ambiente, falta de treinamento e organização, que podem levar a situações fatais, como tivemos em diversos incidentes, sendo cerca de 2.041 ocorrências de incêndios estruturais no Brasil somente em 2022, segundo o ISB (Instituto Sprinkler do Brasil).

Por isso se faz imprescindível a aquisição de equipamentos de segurança, alarmes e sinalizadores, além de manter treinamentos e simulações com a equipe de brigadistas e responsáveis pela liderança atualizados, garantindo a eficiência do combate e prevenção de incêndios. 

Cada ação que tomamos pode fazer a diferença entre salvar uma vida ou colocá-la em risco, principalmente quando se trata de situações críticas como um incêndio. Por isso preparamos para você esse guia completo sobre alarmes de incêndio, para que sua empresa esteja preparada para qualquer imprevisto, e mantenha seguro a vida dos colaboradores.

Ciclo do fogo: Como nasce um incêndio

Um incêndio se dá por três pilares básicos, que são: Calor, funcionando com a energia da ativação, podendo ser uma descarga elétrica, faísca ou fogo em si, o segundo é o Comburente, sendo um combustível capaz de iniciar o fogo, como o oxigênio, e por fim o Combustível, que são os objetos sujeitos a entrar em combustão, além dos inflamáveis, como em indústrias que trabalham com produtos químicos.

Uma vez que temos esses elementos combinados, o fogo pode se alastrar de forma rápida e consumir tudo o que estiver à sua volta em questão de instantes, por isso é importante estar preparado para situações como essa, para evitar e prevenir ao máximo riscos irremediáveis.

Dada essa breve introdução, precisamos explorar quais são as estratégias mais adequadas para lidar e prevenir esses riscos.

Normas Regulamentadoras

Segundo a Norma Regulamentadora 23 e a NBR17240, é essencial que todo estabelecimento siga as regulamentações e se adeque, para prevenir e combater riscos de vida, e levar a mobilização dos colaboradores presentes no ambiente.

O SENASP (Secretaria Nacional de Segurança Pública) também publicou um Modelo Nacional de Regulamento de Segurança contra Incêndios e Emergências, que nos ajuda a compreender quais medidas podem e devem ser tomadas para se preparar e combater os possíveis sinistros, principalmente os que envolvem incêndio.

Algumas das medidas são:

  • O local deve ter proteção contra incêndio: escadas pressurizadas, portas corta fogo, dentre outros. 
  • Ter recursos e materiais para prevenção e combate a incêndios: extintores, sprinklers, sistema de detecção de incêndio adequado ao ambiente.
  • Sinalização e avisos sonoros adequados para todos os ambientes e dependências 
  • Botões de acionamento de alarmes devem estar em áreas de fácil acesso, em altura perceptível, e estar fechados em caixas lacradas de vidro ou plástico. Botões manuais devem estar a uma altura entre 0,90m a 1,35 do piso.
  • Análise de área de risco e dependências da edificação. 
  • Pessoas treinadas e preparadas para o uso dos equipamentos, e capacitadas para liderar rotas e socorrer feridos. 
  • Os locais devem ter saídas suficientes de emergência para rápida e fácil evacuação do ambiente. 
  • As passagens para saída e vias de circulação devem ser bem iluminadas e sinalizadas, e não possuir escadas ou grandes degraus que possam prejudicar o fluxo de pessoas. 
  • Meios e procedimentos de notificações a autoridades e responsáveis para combater o incidente.

Essas são só uma parte das medidas importantes, mas ainda é necessário ter orientação de profissionais especializados, como bombeiros, engenheiros e consultores de segurança contra incêndios, e se preparar utilizando as Normas Regulamentadoras, e reconhecer que a segurança contra incêndios não é uma responsabilidade individual, mas sim uma tarefa coletiva que requer o envolvimento de todos.

Além de seguir as orientações, é fundamental aprofundar nosso entendimento sobre as situações e suas nuances. É essencial compreender a função de cada equipamento e avaliar sua adequação ao ambiente de trabalho, pois somente assim estaremos verdadeiramente seguros.

Você conhece as categorias de alarmes de incêndio?
E sabe qual é o mais adequado para cada situação?

Os equipamentos que precisamos ter, atuam juntos, portanto com a falha de um, pode prejudicar a efetividade dos outros, considerando também que é preciso ir além dos extintores quando se trata de prevenção e combate a incêndios.

Para termos maior precisão ao lidar com situações como essa, se faz necessário ter conhecimento do SDAI ( Sistemas De Alarme de Incêndio), que é composto por tecnologias e equipamentos que garantem a segurança e detecção dos indícios de incêndio, podendo prevenir e remediar maiores riscos.

Ele é subdividido em dois tipos de sistemas, sendo:

  • Sistema de combate e extinção de incêndio, é composto por sprinklers, hidrantes e extintores, escada pressurizada e acessórios da casa de bomba, funcionando como um combatente do fogo iminente, focado no perigo ao ambiente físico.
  • Sistema de detecção e alarme de incêndio, geralmente é composto por centrais de alarme, acionadores e sinalizadores audiovisuais, funcionando como um alerta sobre a situação, dando o início a todas as ações a serem tomadas a seguir, por isso ele é fundamental para a prevenção, pois somente com os sinalizadores instalados nas dependências da edificação, que todos os colaboradores serão alertados em tempo adequado, para que a mobilização seja feita, evitando riscos de vida e integridade física.

Considerando que o passo inicial para implementar o SDAI (Sistema de Alarme de Incêndio) na sua empresa é instalar os equipamentos que funcionam juntamente com a central de alarme para a detecção de incêndio, veja a seguir quais são esses dispositivos e como eles funcionam.

Central de alarme e incêndio

São equipamentos designados para supervisionar e orientar os outros componentes que serão acionados nos casos de emergência, é ele quem dita o comando e aciona os dispositivos corretos para cada situação. É responsável pelo monitoramento de funcionamento e falha, e também fornece energia em caso de falta. 

Sensores 

Os sensores são dispositivos que detectam algo no ambiente, como temperatura, luz ou movimento, e o transformam em um sinal elétrico. Esse sinal pode ser enviado para um centro de controle ou para outro circuito, que irá tomar as ações necessárias com base nas informações recebidas, e podem ser separados em três categorias sendo:

Temperatura: é utilizado em ambientes onde há variação de temperatura e é programado para enviar um sinal de acionamento para a central, ao atingir uma temperatura pré determinada de risco, podendo ser mecânico ou digital, mas com o mesmo princípio.

Termovelocimétrico: É utilizado em ambientes que estão sujeitos a presença de fumaça ou poeira, cujo indício de anormalidade dessas condições ou temperaturas além do convencional indiquem o início de um foco de incêndio, como em cozinhas, caldeiras ou indústrias têxteis. 

Ótico: É utilizado em ambientes fechados, como corredores, escritórios, salas de convívio, sendo acionado com condições anormais de fumaça e luminosidade, por conta de seu LED que emite um sinal luminoso para um fotodiodo acionando o sistema.

Acionadores 

São elementos destinados ao acionamento dos sistemas de combate e sinalização de incêndio, devendo estar sempre posicionado em locais de fácil acesso e identificação, de utilização clara e simples para garantir sua eficiência. Esses equipamentos podem ser de forma: 

Manual: como botões tipo ON/OFF, que são acionados somente apertando o dispositivo, com instruções claras, feito para uso em situações específicas, e deve ser posicionados em locais onde não sejam acionados por engano. 

Quebra vidro: é um dos mais comuns, sendo composto por uma caixa de vidro que pressiona o botão de acionamento, geralmente acompanhado de um martelinho, que ao ser utilizado para romper o vidro, libera o botão e aciona o sensor. Alguns modelos utilizam acrílico ao invés de vidro, e são conhecidos como “acionador resetável”.

Alavanca: É utilizado em ambientes que necessitem de acionadores mais seguros, que não sejam ativados acidentalmente por conta de movimentação de objetos e funcionários, obrigando o sistema a ser manipulado por pessoas intencionadas e preparadas para isso, sendo acionado somente propositalmente. 

Sinalizadores e sirenes 

São equipamentos que funcionam principalmente para informar as pessoas no ambiente e dependências sobre a situação que está se iniciando, e dar a largada para as ações que devem ser tomadas. Esses dispositivos podem ser separados como: 

Sinalizador visual: Emitem sinais luminosos com a intenção de alertar sobre uma situação de perigo ou emergência. Também pode ser posicionado em locais estratégicos para orientar e definir rotas de saída.  

Sirene: É um sinalizador sonoro, que emite sons ou ruídos para alertar e chamar atenção sobre uma situação de perigo ou emergência, podendo ser mecânica ou elétrica, e possui diversas variações dependendo do alcance ou contexto de aplicação desejado. 

Sinalizador audiovisual: Ele combina as funções da sirene e do sinalizador visual, aumentando a eficácia do dispositivo, sendo utilizado em ambientes que precisem de condições de comunicação especiais, melhorando o alcance do alerta para todas as pessoas presentes no ambiente.

Conhecendo melhor esses dispositivos, ao nos depararmos com a possibilidade de um incêndio, você agora sabe como se preparar. Implicando em adotar medidas preventivas, como a instalação de equipamentos adequados para o alarme de incêndio, o treinamento de pessoal e a implementação de planos de evacuação eficazes.

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